sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A hipóte da rainha vermelha

Claudinei E. Biazoli Jr.1, Fábio de A. Machado2,
Leonardo G. Trabuco1, Victor X. Marques2 e Ubiratan A. Lima2
1Curso de Ciências Moleculares, Universidade de São Paulo, Brasil
2Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, Brasil



Resumo
A noção de que o processo evolucionário é um jogo de soma zero foi introduzida nos estudos de evolução pela primeira vez por Leigh Van Valen. Denominada Rainha Vermelha, essa hipótese foi inicialmente formulada para explicar certos padrões no registro que apontavam para a independência estatística entre idade de um táxon e sua susceptibilidade à extinção. De acordo com essa hipótese, o ambiente dos seres vivos está em constante deterioração forçando as espécies a um eterno esforço para manter-se adaptadas.
Após 30 anos de extensa discussão na comunidade científica, a hipótese permanece tão polêmica e controversa quanto era no princípio, ainda que gozando de uma fama considerável e ferrenhos propagandistas.
Este trabalho dedica-se a discutir o desenvolvimento histórico da hipótese da Rainha Vermelha, assim como os dados que a fundamentam e as críticas mais recorrentes, ao lado de suas implicações imediatas e aplicações atuais em estudos biológicos. São analisadas com particular interesse as expressões do modelo previsto pela Rainha Vermelha nas relações ecológicas coevolucionárias do tipo predador-presa e hospedeiro-parasita, enfatizando, no último caso, suas
ligações com a tradução protéica e a manutenção do sexo. Também são debatidos os limites da hipótese da Rainha Vermelha, em especial na perspectiva das relações mutualistas (efeito do Rei Vermelho).
O artigo completo encontra-se no endereço: http://www.cecm.usp.br/~ltrabuco/escritos/redqueen.pdf

Sem comentários: